Cabo Verde prepara-se para adoptar a TDT, Televisão Digital Terrestre, em 2015. Pelo que julgo saber existe uma directiva do Governo neste sentido que, para o feito, também criou uma comissão integrada por especialistas encarregue de analisar os vários aspectos tecnológicos subjacentes à implantação da televisão digital terrestre.
Desconheço se a decisão política também engloba a rádio. Pelo menos, das declarações públicas quer do responsável da ANAC – Agência Nacional das Comunicações – quer da DGCS, não se depreende qualquer alusão à rádio digital e muito menos ao sistema tecnológico que lhe servirá de suporte.
Se em paralelo com a televisão, Cabo Verde pretende também adoptar emissões no formato rádio digital terrestre, trata-se então de uma informação preciosa aos cidadãos que não devem ser ignorados no decorrer do processo, até aqui circunscrito à esfera de decisão dos actores políticos e técnicos. O debate deve ser alargado aos principais destinatários dessa revolução que não é apenas tecnológica, mas que engloba a oferta em termos de conteúdos.
Independentemente da decisão já tomada ou que vier a ser tomada, é liquido que a rádio não pode ficar de fora do mundo digital, presa a antiquadas tecnologias dos anos 30, como a Onda Média (AM), e dos anos 60, a Frequência Modulada (FM). A rádio ou apanha o comboio do digital ou passará à história.
É bom que se diga que hoje praticamente todas as estações de rádio cabo-verdianas trabalham com equipamentos digitalizados, com excepção dos emissores, o que nos encoraja a concluir que a rádio do futuro é pois digital.
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