sexta-feira, maio 22, 2009

Gâmboa nas ondas da rádio


A Rádio de Cabo Verde transmite, uma vez mais, o festival de música da Gambôa que completa 17 anos. A emissão, no stop para todo o mundo, começa esta noite quando forem 20:45 minutos e mobiliza um total de 20 profissionais, entre jornalistas, técnicos e staff de produção. Para além da transmissão dos concertos e das entrevistas com os artistas convidados, a RCV apresentará ainda pequenos apontamentos de reportagem que descrevam os ambientes, o saneamento, a segurança e outros aspectos salientes deste certame. Por razões profissionais, o KRIOL RÁDIO regressa na segunda-feira para lhe contar tudo sobre o Gambôa 2009 que este ano homenageia Os Tubarões.


Sábado, 22 de Maio

21:00 - Tony Martins
21:45 - Boss AC
23:10 – Ferro & Gaita
00:35 - Jay e Banda

Domingo, 23 de Maio

21:00 – Batucadeiras Ká Ta Liga Nada
21:30 – Lura
22:55 – Tito Paris
00:35 – Israel Vibration


Segurança Máxima

Sob o lema "Tolerância Zero" é que a Polícia Nacional (PN), elaborou o seu plano de actuação durante as festividades da comemoração do Dia do Município da Praia, com destaque para o festival da Praia da Gambôa, nos dias 22 e 23. De acordo com o comandante da Esquadra de Achada Santo António, Manuel Varela, o plano envolve a mobilização de 400 efectivos, actuando na prevenção, reprimindo causas motivadoras de desordem pública e cometimento de transgressão com revistas de pessoas e viaturas para controlo de instrumentos que podem ser utilizados na prática de crimes.

O comandante, adianta ainda, que não vão tolerar actos de vandalismo e incivilidades. Quanto às vendedeiras ambulantes vai avisando: a PN não vai tolerar montagem de barracas não autorizadas.

Sobre o plano de actuação Varela, diz que um grupo avançado de agentes ocupará o terreno já a partir de amanhã, 21, durante 24 horas, contando ainda com giros fixo, semi-fíxo e móvel, enquanto que o dispositivo geral será montado na tarde dos dias 22 e 23. O policial adianta que os bairros circundantes da cidade da Praia, estarão protegidos com giros autos e apeados, também durante os dias do festival.

Quanto das estradas, o comandante avisa que haverá trânsito condicionado na Avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria, da rotunda da Cavalariça à rotunda de Chã D´ Areia, daí que as viaturas que circulam na via de Achada Santo António (Poeta) até o cruzamento que dá acesso ao "Marisol", será desviada para Prainha, enquanto que a via da rotunda do "Homem de Pedra" com destino a ASA, estará disponível, durante o festival.Estão envolvidos ainda nesta operação, a Câmara Municipal da Praia, o Serviço Nacional da Protecção Civil, a Cruz Vermelha, o Hospital "Agostinho Neto", a Guarda-fiscal, a Polícia Marítima, os Fuzileiros, a Polícia Militar, os Bombeiros e o Corpo de Intervenção.

O Comando aproveita para apelar ao civismo da população para que o festival decorra num clima de estabilidade, confiança e tranquilidade.









quinta-feira, maio 21, 2009

Troca de Galhardetes

“Troca de Galhardetes” é um "encontro" de dois profissionais de rádio com o mesmo horário de antena, mas de estações "concorrentes". Cada um aceita o desafio para fazer duas perguntas ao outro e mostrar a sua disponibilidade para responder às questões que lhe colocaram.

Assim, o encontro deste mês é entre João Paulo Meneses da “TSF” e Carina Costa da “M80”. Trata-se de uma iniciativa inédita a que o KRIOL RÁDIO adere, devendo apostar nos próximos tempos numa versão mais adaptada à realidade cabo-verdiana.



João Paulo Meneses: Tens noção de que a rádio que é basicamente um giradiscos de «playlists» está progressivamente ameaçada pela concorrência digital (desde os iPods aos «cotonetes»)? De que forma achas que podes fazer melhor do que os meus canais no Cotonete?

Carina Costa: Sim, a rádio gira-discos, está francamente ameaçada pela concorrência digital e acho que a médio prazo, será mesmo esmagada.

Há sempre quem prefira ouvir rádio, é certo, em vez usar o leitor mp3, ou iPod, mas acho que se uma rádio não tiver mais para oferecer ao ouvinte do que umas quantas músicas boas, então não faz melhor que os teus canais do cotonete, onde garantidamente, sabes que encontras todas as músicas que gostas, até porque foste tu que as escolheste.:)

Como animadora\ locutora\ comunicadora, posso fazer melhor que as “tuas músicas”, sim. Ao acrescentar a parte humana, posso potenciar as tuas músicas, fazer-te sonhar, vibrar, acompanhar-te no teu dia-a-dia, indo ao encontro da tua vida, das coisas comuns, das coisas que te fazem feliz e as que te entristecem, e se calhar, no final da semana, ou do dia, quem sabe?! Encontraste, ali naquela rádio, alguém que, mesmo que não conheças pessoalmente, se torna mais uma amiga, alguém que tem uma música boa para partilhar contigo, uma notícia de última hora, um desabafo sobre o tempo, enfim, alguém que sente e vive como tu, alguém com quem tens vontade de estar e de conhecer melhor.

Podes até nem gostar de mim, daquilo que te transmito ou dou a conhecer, mas se te irrito, se tenho um sentido de humor muito ácido, se mexo contigo, acredito também que terás vontade de voltar a ligar o rádio no dia seguinte.

Carina Costa: Há quem defenda que os profissionais de rádio, não ouvem rádio da mesma maneira que o ouvinte comum. Como jornalista, quando ouve notícias na rádio consegue pôr de lado o seu ouvido clínico?


João Paulo Meneses: Impossível. Deformação profissional. Nas férias opto, até, por não ouvir, para tentar afastar-me da vertente profissional. Porque ouvir notícias em rádio é ouvir as notícias em si próprias mas também a rádio, a sua linguagem, a sua maneira de fazer, etc (e este lado critico é muito acentuado)


João Paulo Meneses: Achas que a rádio musical está, genericamente, nas mãos das editoras?

Carina Costa: Quando estive numa rádio local, lembro-me de nos queixarmos da negligência das editoras. Enviavam-nos os singles que bem entendiam, e que nem sempre tinham alguma coisa a ver com o perfil musical da estação. “Nas rádios grandes é que era!!” Dizia-se até que algumas editoras tinham listas pagas que, dependendo do contrato e do dinheiro envolvido, determinavam quais as músicas e os artistas que deviam passar naquela rádio e até quantas vezes por semana.

Nunca vi, nem tive conhecimento de tal coisa. Há reuniões, sim. A editora aconselha novas músicas e artistas, as supostas melhores músicas, mas é a rádio que decide, tendo sempre em conta o seu formato musical e o público-alvo.

Com a revolução tecnológica, o aparecimento da Internet, e as novas plataformas de partilha de música, myspace e afins, e até mesmo através de anúncios, conhecemos mais música, mais artistas, alguns amadores que nem têm contrato com uma editora, e que de repente passam a ser um sucesso, um fenómeno, que toda a gente começa a conhecer, cantar e quer ouvir mais e mais… neste sentido, acho que hoje em dia podemos dizer que a rádio musical está, cada vez mais, na mão dos ouvintes.

A rádio está (tem de estar!) atenta a estes fenómenos. Vivemos tempos de mudança…


Carina Costa: Com o aparecimento da Internet, e com a vertiginosa velocidade com que a informação circula hoje em dia, considera que a rádio passou para segundo plano ou tem conseguido tirar partido da situação e com a sua constante adaptação será um meio ainda mais forte no futuro?


João Paulo Meneses: A rádio está com alguma dificuldade em se adaptar aos novos tempos, sobretudo a rádio musical, ameaçada, entre outros, pelos iPods e «cotonetes»; não acredito que seja um meio ainda mais forte mas acredito que a rádio musical pode sobreviver. Depende também de vocês, que fazem a rádio musical, todos os dias, adaptarem-se aos novos tempos que estão a chegar.

RCV+ não é concorrência da RCV


No rescaldo do lançamento oficial das emissões da RCV+ na região norte do país, a saber, S. Vicente, S. Antão e S. Nicolau, o KRIOL RADIO reproduz (em português) uma conversa com o director da Rádio de Cabo Verde, o jornalista Paulo Lima, transmitida no programa MANHÃS DA RÁDIO.

José Leite: Como é que a RCV está a preparar-se para o Verão?

Paulo Lima: Normalmente Verão é tempo de mais lazer, férias, desporto… e a Rádio de Cabo Verde tem sempre em conta a parte lúdica e a informação. A nossa programação vai ser actualizada, uma programação mais solta, levando em conta as dimensões que temos de informação, magazines, de cultura, desporto, campeonatos, taça de Independência, campeonatos de voleibol.

JL: Qual é a proposta ou o entendimento entre a RCV e a RCV+, sabendo que a RCV+ poderá ser vista como uma concorrência da sua própria casa-mãe?

PL: Não diria concorrência, até porquê a RCV+ foi criada da necessidade da extensão da RCV, é a mesma empresa, é mais uma complementaridade. A RCV que já tem o seu público, mais maduro onde podemos constatar isso através dos estudos feitos há dois anos que mostram onde estamos quanto à faixa etária... algumas deficiências na programação em termos da juventude, que quer programação leve, mais solta, mas claro, com informação, coisas que lhe permitam inserir-se no mercado de trabalho e competir com as novas tecnologias, correr atrás de novas oportunidades, informática.

Portanto não o vemos como concorrência mas sim como um complemento, onde a RCV vai beber na RCV+ e a RCV+ bebe na RCV em termos de programas. Aliás, na actual grelha tem um programa que é Top+ que acontece todos os Sábados de 12h á 12h30mn que é uma primeira experiência demonstrando que isso é possível. RCV produz mais informação, diários de desporto e notícias nacionais e internacionais, que a RCV+ vai buscar. A RCV tem técnicos e um corpo de jornalistas que preparam as notícias todos os dias e onde a RCV+ vai beber para preparar os seus serviços noticiosos. A partir daí ela trabalha a noticia com um novo formato mais leve, com jingles e batidas no fundo… e é o que a nossa juventude gosta…


Por: Any Brito

segunda-feira, maio 18, 2009

S. Vicente tem duas horas diárias na RCV+


Os jovens de S. Vicente, S. Antão e S. Nicolau já estão na nova onda jovem da Rádio de Cabo Verde. A festa de apresentação pública da RCV+ Mindelo aconteceu no passado sábado na Laginha. O KRIOL RÁDIO aproveita uma conversa com o gestor do 2º canal da RCV+, o jornalista Germano Lima, que foi feita na véspera do lançamento oficial da RCV+ para a região norte do país.


José Leite: Apresenta-nos a RCV+…
Germano Lima: RCV+ é o novo canal da RTC com um ano de existência, um canal virado a juventude que dê mais à juventude. Mas constatamos é que a RCV+ já alcançou outras faixas etárias. E como alguém disse a juventude não tem idade. A ideia é rodar boa música, não todas as músicas que as pessoas querem ouvir ou músicas que estejam na moda, mas música de qualidade. Temos também informação, programas virados para a saúde, cinema, desporto principalmente o futebol nacional e internacional – Bola Branca uma parceria com a Rádio Renascença de Portugal.

Os nossos programas não são longos, extensos, são micro programas levando em consideração o ritmo de crescimento urbano quer na Cidade da Praia e no Mindelo. As pessoas não estão com tempo para muita conversa. Portanto, a ideia da RCV+ é juntar a boa música aos micro programas. Também não tocamos qualquer tipo de música, tendo em consideração que existem músicas que podem ferir a sensibilidade de quem as ouve. Também queremos dar voz à nossa juventude, e como sabemos a nossa juventude enfrenta uma série de dificuldades. A nossa ideia é pôr os jovens a falar dos seus problemas, das suas perspectivas, o que estão à espera do futuro, do seu país, do Governo.

Temos programas feitos por jovens como Ritmos e poesias, programa de rock, reggae, isso no crioulo, e tudo isso para criar um canal da rádio com novo estilo, outra animação, aproveitando quer o lado musical, quer o lado criativo. E todos os programas que referi anteriormente que, para além de músicas, transmitem informações, quer dos artistas, como tendências musicais dentro do rock, e tudo isso feito por jovens. E isso contradiz o que costumamos dizer que os jovens estão perdidos, que não interessam, não fazem nada, mas sabemos que não é bem assim. Nós vamos ao encontro dos jovens para ouvi-los, dar-lhes voz, um espaço no seio da comunicação social, é essa a ideia da RCV+. E agora que já chegamos a São Vicente, com certeza jovens de Santo Antão, São Nicolau, estão a ouvir-nos e a nossa ideia é chegar a 95% da cobertura nacional e estabelecer uma ponte entre os jovens e os mais adultos.

JL: Qual a participação de São Vicente na grelha da RCV+?
GL: São Vicente terá participação diária, aos fim-de-semana e sempre que tiver alguma programação dos jovens, eles terão espaço de antena. Começaremos com duas horas, mas poderemos alargar conforme as necessidades e disponibilidade técnica que tivermos.

JL: E a emissão é vinte e quatro horas sob vinte e quatro horas?
GL: Sim. Portanto é uma nova dinâmica e as pessoas em São Vicente que estão a ouvir já repararam que não tem muita conversa. Sempre defendi que quem quer estar informado ao pormenor, deve ouvir a RCV e quem quer uma programação mais descontraída ou que não queira aprofundar as questões desenvolvidas pela RCV oiça a RCV+, com certeza que terá uma boa dose de informação e boa música.

Por: Any Brito