Há que pense que a rádio é uma coisa antiquada. Concordo que a rádio já é antiga, caminha para os 100 anos. Mas não é velha. O mundo digital abre-se agora também para ela.
Há quem pense que a rádio é um médium pouco importante. Concordo que a televisão faz girar o mundo, mas, de manhã cedo, para saber se o mundo gira mesmo, qualquer pessoa sensata, cinco minutos depois de acordar já está a ouvir o noticiário da rádio.
Há quem pense que a rádio diz sempre as mesmas notícias de hora a hora e que toca sempre as mesmas músicas. Concordo que há rádios assim, mas a verdade é que a esmagadora maioria das pessoas sabe o que se passa, em primeiro lugar, pela rádio. Se tiverem sorte ainda lêem no jornal o que já ouviram na rádio e ao jantar vêem na televisão o que já sabem.
Há alguns anos atrás ninguém poderia prever que a internet fosse mudar profundamente o pulsar das sociedades dos países desenvolvidos. E no entanto ela aí esta pelo telefone, marcando o nosso quotidiano, satélite, ubíqua, incontornável, nos e-mails, no comércio electrónico, na bolsa, na escola, nos telemóveis e, em breve, dentro dos automóveis.
A internet é o mais potente motor da revolução digital e da comunicação. Todavia há 10 anos poucos eram aqueles que tinham ouvido falar dela. Hoje vai ser assim com a rádio digital, vai ser assim com o DAB – Digital Audio Broadcasting.
O traço de união do que já se escreveu é a chamada convergência das tecnologias da computação, do áudio, do vídeo e dos dados e das telecomunicações. Neste mundo digital percebe-se que dentro de poucos anos a Rádio em FM estará a despedir-se deste mundo.
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