Ao contrário do que acontece com as rádios temáticas, Praia FM, Crioula FM e Cidade FM, as rádios generalistas não procuram ter como alvo um público específico (p.e. jovens) na sua área de difusão, mas satisfazer o conjunto do público.
Isso obriga as rádios a considerarem os hábitos de audição e exigências de cada um dos públicos potenciais. Os jovens, os reformados, os desempregados, as donas de casa, os amantes de música jazz, de desporto… terão todos uma ou mais emissões que lhes são dedicadas, programas que vão ao encontro dos seus hábitos de audição radiofónica.
As rádios generalistas precisam de uma equipa de competências tão variadas quanto as suas emissões: informações, magazines, deporto, produção de programas culturais, económicos, políticos, animação de antena, etc. Em traços gerais, são rádios que se escutam com mais atenção do que as rádios musicais que simplesmente se ouvem.
No nosso panorama radiofónico, podemos apontar como exemplos de rádios generalistas, a Rádio Nova, a Rádio Comercial, a Rádio Educativa e a Rádio de Cabo Verde. Apesar de terem uma audiência delimitada, pela natureza da sua missão, as rádios comunitárias devem ter uma programação generalista. Contudo, cabe à RCV uma definição clara da sua programação devido ao compromisso que mantém com o Estado no sentido de prestar aos cabo-verdianos um serviço público de qualidade.
A exigência de um serviço público de rádio está, aliás, inscrita na Constituição da Republica (art. 9º) e desdobra-se na restante legislação do sector, com destaque para a lei da comunicação social (lei nº 56/v/98) e da rádio (lei nº 10/93).
Como muito bem disse há tempos neste blogue um seguidor atento, não existe diferença acentuada entre jornalistas da rádio e da televisão públicas e jornalistas dos órgãos privados, embora àqueles que trabalham nos órgãos de comunicação social de serviço público lhes seja exigido o cumprimento escrupuloso das normas éticas e deontológicas da profissão, bem como uma maior consciência da responsabilidade social adveniente do estatuto de operador público.
De igual modo, pensamos que não há um jornalismo para o serviço público de rádio e um jornalismo para as estações privadas. Mas, pode (e deve) haver uma informação que será mais específica aos operadores públicos. Até porque, uma estação pública e uma estação privada não seguem, pelo menos teoricamente, a mesma engenharia de programação e as mesmas prioridades.
Significa isso dizer que a grelha de um canal generalista de serviço público, no que diz respeito à informação, não pode ser saturada de conteúdos de entretenimento, nomeadamente em horário nobre, devendo, antes, ocupar esse segmento com formatos que contextualizem acontecimentos, que promovam o debate social e que ajudem a dar relevância a realidades que permanecem na sombra.
Embora seja difícil encontrar uma única definição que nos remeta para a essência de uma informação de serviço público, podemos expor algumas linhas de acção para uma programação de informação para os canais públicos. Assim devem:
Proporcionar uma visão global e contextualizadora dos factos;
Procurar o contraste de fontes diversificadas;
Fazer uma rigorosa depuração dos factos;
Promover o aprofundamento das consequências sociais, politicas e económicas dos factos;
Debater-se por um equilíbrio na cobertura territorial, social e cultural;
Introduzir um enfoque pluralista e imparcial nas opiniões veiculadas.
Será que estamos a fazer isso? Não é essa, pelo menos, a opinião das pessoas ouvidas em sede do segundo inquérito à satisfação e audimentria dos órgãos de comunicação social. Exigem que os conteúdos (a começar pelas notícias/programas de informação) sejam variados e de qualidade.
Isso obriga as rádios a considerarem os hábitos de audição e exigências de cada um dos públicos potenciais. Os jovens, os reformados, os desempregados, as donas de casa, os amantes de música jazz, de desporto… terão todos uma ou mais emissões que lhes são dedicadas, programas que vão ao encontro dos seus hábitos de audição radiofónica.
As rádios generalistas precisam de uma equipa de competências tão variadas quanto as suas emissões: informações, magazines, deporto, produção de programas culturais, económicos, políticos, animação de antena, etc. Em traços gerais, são rádios que se escutam com mais atenção do que as rádios musicais que simplesmente se ouvem.
No nosso panorama radiofónico, podemos apontar como exemplos de rádios generalistas, a Rádio Nova, a Rádio Comercial, a Rádio Educativa e a Rádio de Cabo Verde. Apesar de terem uma audiência delimitada, pela natureza da sua missão, as rádios comunitárias devem ter uma programação generalista. Contudo, cabe à RCV uma definição clara da sua programação devido ao compromisso que mantém com o Estado no sentido de prestar aos cabo-verdianos um serviço público de qualidade.
A exigência de um serviço público de rádio está, aliás, inscrita na Constituição da Republica (art. 9º) e desdobra-se na restante legislação do sector, com destaque para a lei da comunicação social (lei nº 56/v/98) e da rádio (lei nº 10/93).
Como muito bem disse há tempos neste blogue um seguidor atento, não existe diferença acentuada entre jornalistas da rádio e da televisão públicas e jornalistas dos órgãos privados, embora àqueles que trabalham nos órgãos de comunicação social de serviço público lhes seja exigido o cumprimento escrupuloso das normas éticas e deontológicas da profissão, bem como uma maior consciência da responsabilidade social adveniente do estatuto de operador público.
De igual modo, pensamos que não há um jornalismo para o serviço público de rádio e um jornalismo para as estações privadas. Mas, pode (e deve) haver uma informação que será mais específica aos operadores públicos. Até porque, uma estação pública e uma estação privada não seguem, pelo menos teoricamente, a mesma engenharia de programação e as mesmas prioridades.
Significa isso dizer que a grelha de um canal generalista de serviço público, no que diz respeito à informação, não pode ser saturada de conteúdos de entretenimento, nomeadamente em horário nobre, devendo, antes, ocupar esse segmento com formatos que contextualizem acontecimentos, que promovam o debate social e que ajudem a dar relevância a realidades que permanecem na sombra.
Embora seja difícil encontrar uma única definição que nos remeta para a essência de uma informação de serviço público, podemos expor algumas linhas de acção para uma programação de informação para os canais públicos. Assim devem:
Proporcionar uma visão global e contextualizadora dos factos;
Procurar o contraste de fontes diversificadas;
Fazer uma rigorosa depuração dos factos;
Promover o aprofundamento das consequências sociais, politicas e económicas dos factos;
Debater-se por um equilíbrio na cobertura territorial, social e cultural;
Introduzir um enfoque pluralista e imparcial nas opiniões veiculadas.
Será que estamos a fazer isso? Não é essa, pelo menos, a opinião das pessoas ouvidas em sede do segundo inquérito à satisfação e audimentria dos órgãos de comunicação social. Exigem que os conteúdos (a começar pelas notícias/programas de informação) sejam variados e de qualidade.
A comunicação social tem traços anedóticos que lhe são peculiares!
ResponderEliminarOntem, resolvi dedicar alguns minutos mais a ver a nossa televisão. No telejornal nada de especial, apenas a graçola que o Valdemar Pires resolveu inventar agora. De dedo indicador espetado na nossa cara: “eu preciso de si”. Vê-se mesmo que o rapaz está mesmo carente. Tão brega!
No mais, fiquei a saber que a Rosana Almeida foi a Bissau acompanhar a segunda volta das eleições para a rádio e televisão. Confortada no seu quarto de hotel de lá a nossa vedeta fez uma entrada via telemóvel, para nos dizer que tinha lido os jornais e repetir aquilo que toda a gente já sabe. Ganda repórter!.
Mas vamos ao que interessa. O caricato do meu serão não foram as peripécias da “Portelinha”, que essas já as vi há muito tempo na SIC. Deixo uma pergunta para o responsável e os seguidores deste blogue: saberão dizer-me se o Daniel Medina é jornalista?
Ora, oiço o rapaz, que até tem boa voz e alguma cultura, a debitar publicidades que se farta. Depois entra, no horário nobre da nossa televisão, com um programa com o pomposo nome de “Primeiro Plano” para retomar de seguida o desfile das publicidades.
Não percebo grande coisa de televisão, mas parece-me que se se põe o Daniel Medina a entrevistar gente importante depois do telejornal é porque se atribui, em termos editoriais, uma importância crucial a esse programa. Logo, o jornalista não deve aparecer a ler publicidade.
Também não entendo como é que uma televisão que tem gente sentada a fazer coisa nenhuma, contrata alguém de fora da sua redacção para fazer um programa de informação. Antes era aquela coisa do Abrão Vicente, o 180º. Será possível que não haja um jornalista da TCV minimamente competente para fazer esses pseudos debates e entrevistas. Valha-nos Deus! O que é que esse governo anda a fazer ao nosso rico dinheirinho?
Mas ainda sobre o Dr. Medina. Ontem terá sido a entrevista mais complexa que o Daniel já fez na sua vida. Sim, porque o nosso artista estava a entrevistar o seu superior hierárquico, o digníssimo Reitor. Não é fácil entrevistar o nosso patrão. Não podemos ser atrevidotes, não vá acontecer o azar de sermos despedidos. Tanta coisa sobre a Uni-CV e o professor Daniel, jornalista free-lancer e publicitário, deixou escapar. Como é que vai explicar aos seus alunos que um jornalista não deve fazer publicidade. Como explicar-lhes que a entrevista é “agressiva” no conteúdo e cordial na forma? Sim porque aquilo é tudo menos entrevista. Parece mais conversa de comadres.
Essa nossa televisão!!! Aprendam alguma coisa com a Tiver. O pior disto tudo é que agora, em vez de 6 horas de mediocridade, temos direito a dose dupla.
Oh, Anónimo. Eu até teria concordado consigo se não fosse o último parágrafo. Sejamos realistas: o que é que a Tiver pode ensinar a TEVEC? Nada, meu amigo. Eu não estou com isso a querer defender o indefensável mas sejamos justos: entre a Tiver e a Tevec que venha o diabo e escolha. Este é para o sem graça do Valdemar: se precisa de mim , eu preciso de um jornalista que não faça graçinhas num telejornal. Ainda pra mais com a mesma frase todos os dias. Não há saco que aguente.
ResponderEliminareu nem quero acreditar que o nhelas faz jornalismo e publicidade ao mesmo tempo. mas acho aue elefaz mesmo e eh ele mesmo que fez as calidas de conjugacao de verbos no spot publicitario na radio nacional e criticado aqui mesmo neste blogue. aquele spot ou ele diz compraste um televisoR? peça uma factura quando o correcto eh compraste um televisor, pede uma factura ou comprou um televisor peça a factura. portanto se o homem nem sabe conjugar verbos como pode fazer informaçao politica? toda a radiom televisao e jornais de papel precisam de uma reforma de fundo a começar pelas jornalistas. eh uma vergonha geral, com alguma condescendia pelos rapazes da radio que ultimamente ate teem feito algo de aceitavel. mas enfim o nhelas faz entrevistas politicas e vende televisores carros e sabonete? deixa estar que isto eh uma grande vergonha.
ResponderEliminarUnderdoglas