É pelo conteúdo do texto de Corsino Tolentino que propomos perceber os escritos de Manuel Delgado que vão desde da política à cultura, da economia às relações internacionais:
Este encontro com De Rabidantibus (Colectânea 1975-2006) é uma homenagem a Manuel Delgado, 60 anos depois do seu nascimento, a 22 de Dezembro de 1949.
Na verdade, este livro é a realização de um projecto. Mas é o próprio Manuel Delgado que inicia o texto Cretcheu más sabi ê quel quê di meu, sobre o trigésimo aniversário da independência nacional, com este explícito bem à sua maneira: “é bom comemorar sobretudo quando há o que comemorar, porque comemorar é lembrar com júbilo” e no caso concreto, “é festa da memória e da identidade” (p. 426).
Também apetece-me acrescentar a relevância deste livro como fonte de informação sobre a acção política do Autor e como fonte histórica, necessária à compreensão dos processos, personagens e factos que moldaram as três décadas demarcadas pela escrita, entram na definição do presente colectivo e participam no desenho do nosso futuro comum. Por outras palavras, entendo que temos nas mãos uma vida e uma obra com valor jornalístico, político, histórico, literário e filosófico. Se exagerar, farei como o Autor fez várias vezes, darei a mão à palmatória.
De político de circunstância a jornalista de referência
E enquanto esperamos o que virá da Clara e do Neftali, o primogénito, que falarão pela voz da Lia, sirvo-me destes empréstimos familiares do António Pedro e da Glaucia para justificar a minha recomendação de leitura deste calhamaço feito de textos curtos, densos e directos, ocupando cada um, em média, pouco mais de uma página.
Pois bem, afirmei que estamos na Biblioteca Nacional para evidenciar a acção do Manuel Delgado, a qual é, no nosso entender, merecedora de admiração e reconhecimento, pelo efeito que ela tem na conduta pessoal e profissional de um grande número de pessoas e, provavelmente, terá nas gerações futuras.
Porquê uma referência jornalística? Porque entre o analfabetismo de muitos, o conhecimento enciclopédico de alguns e a descontinuidade fragmentada da cultura electrónica, característica do tempo presente, Manuel Delgado ouviu a chamada de atenção de Neil Postman para o facto de no nosso universo existir cada vez mais informação e cada vez menos sentido, prestou atenção a tempo de optar por um caminho próprio entre o real e o virtual, sem perder o pé.
Jornalista firme, de largos horizontes e arriscadas apostas na imprensa cabo-verdiana dos primeiros tempos da República e em Portugal, o fundador do primeiro jornal exclusivamente electrónico de Cabo Verde (Paralelo 14) foi também um homem de rádio, lembrem-se do Debate Africano, da RDP-África.
Tendo aprendido cedo a lição de Frankenstein ou o Moderno Prometeu, de Mary Shelley, e de Funes, de Jorge Luís Borges, Manuel Delgado escapou ao deslumbramento provocado pelo excesso de exposição à luz e raramente terá misturado alhos com bugalhos. Como sabem, à semelhança do que tinha acontecido a Prometeu, Victor Frankenstein caiu do paraíso por ter tentado criar a vida a partir da matéria, tendo como castigo um monstro incontrolável e Maurício Funes, apesar de dotado de uma memória prodigiosa, encontra-se perdido no hiper texto dos mass media: fenómeno da época moderna, incapaz de extrair qualquer sentido do caos da informação torrencial (p. 21).
Pelo contrário, os textos de natureza jornalística de Manuel Delgado, a maioria dos 411 que compõem este volume – alguns inéditos incluídos – têm uma estrutura permanente: o título, a introdução e, por vezes, o lead – uma contextualização sumária – informam o leitor do que interessa ao Autor. Em seguida, o corpo de factos, argumentos e, em certos casos, a justificação da falta destes explica a informação e lhe dá sentido. Em geral, uma conclusão em forma de convite à reflexão fecha a escrita.
Esta é a regra e as notáveis entrevistas, entre as quais O Meu Amigo Comandante (p. 352), Navegações (p. 217), Alfinete (253) e um texto romanceado entre os inéditos das últimas páginas são excepções.
Distinguiu-se no cumprimento da tarefa de relacionar, organizar e processar dados de quotidianos complexos, sempre ao serviço do que ele considerava caminho entre caminhos da verdade, da liberdade e da justiça, a qual, em seu entender, nunca existiria bastante sem a coragem de informar, decidir e agir na hora com conhecimento de causa. Por conseguinte, é justo afirmar que Manuel Delgado fez escola e é referência no jornalismo cabo-verdiano e em língua portuguesa.
Mas praticou o jornalismo no contexto da libertação nacional e da construção do Estado e do Poder Democrático. Foi político antes de ser jornalista e nunca mais deixou de o ser. Mas terá conseguido conciliar estes dois campos de acção, a política e a informação, que se excluem, para se complementarem na democratização da sociedade?
Se, simplificando, o objecto da Política for a organização, a administração e a direcção das nações e a Informação significar essencialmente a arte de processar e difundir dados para provocar uma modificação no estado do conhecimento e na atitude colectiva, ambas são necessárias e compatíveis.
Textos como Informação, Ponto & Vírgula, Espaço de Criação, Ilhéu, A outra África e Europa e África no ano 2000 são exemplos dessa compatibilidade necessária. Por outro lado, são numerosas em Manuel Delgado as referências e polémicas relacionadas com a construção do Estado de Direito, a Democracia e a Gestão eficiente das expectativas e dos recursos de Cabo Verde, antes de a boa governação ser moda nos sentados dos workshops de ontem e seminários de socialização de hoje.
Sem dúvida, fonte histórica
Com esperança na concordância dos historiadores, fomos sugerindo que De Rabidantibus tem valor de fonte histórica. Mas, terá mesmo? Se História é, como a entendo, a ciência que estuda o ser humano no tempo, os artigos, as entrevistas, a polémica, a ironia, o sarcasmo e os neologismos do Manuel Delgado serão indispensáveis à explicação de Cabo Verde no período de 1975 – 2006.
A obra também fornecerá pistas interessantes a quem procurar compreender a natureza e a evolução das relações internacionais, em particular entre os Estados resultantes da queda do império português.
Manuel Delgado encarou a explicação da Histórica de Cabo Verde, dos Cinco (Estados Africanos de Língua Portuguesa), da África contemporânea e do Mundo em mudança acelerada a partir dos anos 80 do século XX como uma missão que até hoje ninguém cumpriu com igual garra.
Lição a não perder, fazia como Hannah Arendt e os poetas sugerem: contava a História para envolver as pessoas na construção do próprio destino. Manuel Delgado é fonte histórica, sim.
Valor literário escrito e inscrito para se ver depois …
E agora vem o valor literário do livro. Melhor dizendo, virá. É que prevendo esta situação, tomei a precaução de sugerir aos meus primos que convidassem o meu xará Fortes, para mim, um dos três apresentadores naturais deste livro, pelo talento, o humor, a obra e a admiração que o Manuel inscreveu em vários dos seus textos.
Assim se fez, o Fortes foi convidado mas não pôde comparecer, vos saúda e recomenda que falemos da literatura na obra de Manuel Delgado numa próxima ocasião. Está bem, digo eu, se vamos falar é porque existe e se existe pode esperar. Fica escrito e inscrito para se ver!
A filosofia além do estado oficial dos seres e dos saberes …
E onde está o valor filosófico? Responder a esta pergunta obriga a observar separadamente e em retrospectiva, para os excluir, o argumento que transforma o Autor num jornalista de referência: a capacidade extraordinária de analisar e ordenar factos, personagens e acontecimentos para os apresentar com sentido e coerência; os atributos que conferem à obra o estatuto de fonte histórica: a necessidade objectiva de incluir o livro na lista dos documentos que a sociedade e a academia classificarem como fontes; por fim, o que fez do Manuel Delgado um político jornalista.
Mas o problema não fica resolvido com a simples separação de funções e circunstâncias, porque não basta dizer qualquer coisa como isto: tudo o que não justificar o valor jornalístico, político ou histórico e procurar a verdade, será de interesse filosófico. Não, porque já o vimos, a procura da verdade não é exclusiva do filósofo, o qual tem a missão de explicar teoricamente os acontecimentos e os factos do quotidiano. Ora, em textos sobre a Cultura, a Ética, a Religião, a Política e o Estado, Manuel Delgado revelou talento e coerência além do estado oficial dos seres e saberes.
Com a ajuda de Michel Foucault, o que faz de Manuel Delgado um filósofo é a sua arte de sacudir as familiaridades do nosso pensamento, pensamento que tem a nossa idade, a nossa geografia e o nosso conforto, abalando as superfícies ordenadas e inquietando a nossa prática do tempo que passa. Manuel Delgado é o filósofo do desconcerto criativo.
Mas, o que justificará a leitura?
Adiante, admitindo que os argumentos apresentados são válidos, o que realmente recomenda a leitura de Manuel Delgado?
O universo dos destinatários da minha recomendação inclui os cidadãos nacionais e estrangeiros que queiram saber como se ganhou uma bandeira e como se constrói um Estado de Direito e a Democracia nestas ilhas de parcos recursos naturais.
Em particular, a recomendação é endereçada aos dirigentes e pretendentes, pela simples razão de não ser possível dirigir com eficácia e justiça sem conhecer.
Uma segunda categoria de destinatários é a dos professores e estudantes interessados na compreensão do que aconteceu de fundamental neste país, entre 1975 e 2006.
Outro motivo é o exemplo de verticalidade e coragem que permitem o comprometimento patriótico, a independência intelectual e a eficácia na identificação e defesa da causa pública.
Poder-se-á acusar-me de exagero e não será difícil obter razão neste país onde deixamos as filas dianteiras das salas de conferência vazias, para não sermos suspeitos de arrogância ou de querer dar nas vistas de quem manda. Tenho consciência deste risco, assim como do perigo de eu me enganar, mas sei também que é pelo erro inevitável que avançamos.
Será necessário afirmar que não recomendo o Manuel Delgado como dogma, mas tão-somente como uma referência a comparar com outras, como o próprio fazia, através da análise, comparação e criação de conhecimento? Não.
Teria agora algum valor condenar o Manuel Delgado por não ter cuidado bastante de si e ter-nos privado e ao país do muito mais que teria podido dar? Também não.
Porém, uma coisa é certa: Manuel Delgado fez crescer o património nacional. É o que realmente interessa. Por isso, vamos reter o seu exemplo de verticalidade, comprometimento e independência pessoal e intelectual para que a defesa do bem público e dos interesses privados legítimos seja eficaz.
De Rabidantibus é livro para se ir lendo, página a página, com gozo e proveito. Fazendo-o, alguns leitores descobrirão que a Glaucia e sua equipa fizeram excelente trabalho e que, apesar disso, muitos escritos andam por aí. Que os enviem para a segunda edição!
Terminemos com júbilo, até porque hoje é dia da inauguração do aeroporto internacional de São Pedro, São Vicente, e há festa no Mindelo.
Praia, 22 de Dezembro de 2009
Corsino Tolentino
Nao tive pachorra para le toda a verborreia do doutor Corsino que so podia falar dessa maneira do seu velho companheiro de Partido.
ResponderEliminarNao sei porquê mas nunca vi Manuel Delgado como jornalista. Manuel sabia escrever, razao pela qual ele foi chamado como militante do PAigc a ser propagandista das revistas e jornais partidarios; pela mesma razao, de saber escrever como poucos foi chamado para redigir os discursos do presidente da republica.
Foi na qualidade de um militante desse partido que sabia escrever que ele entrou para o chamado Jornalismo do partido, que nao era jornalismo mas sim propaganda politica?.
Nao percebo, como é que aqueles que no passado escreveram no Arquipélago e falaram nas radios comerciais, nao sao considerados jornalistas, e que fizeram toda a sua vida essas profissoes até à morte, enquanto Manuel que era um outsider no jornalismo passou a ser até o decano dos jornalsitas.
Mas isto é uma farsa! Nao percebo porque é que os caboverdianos gostam de viver na mentira. Manuel, so foi jornalista na sua fase final da vida, quando criou (aqui tambem com a ajuda do paicv entretanto regressado ao poder) o jornal on-line Paralelo. Uma vez mais porque ele nao sabia fazer mais nada, o que ja é muito, o saber escrever. Mas de jornalista Manuel nao sabia coisissima nenhuma.
E' mentira que ele tenha sido jornalista em Portugal. Devido a conhecimentos ligados ao PAIGC e com a cunha de dirigentes politicos desse partido nomeadamente Pedro Pires, ele la conseguiu uns biscates de revisor part-time no Expresso e depois ir mandar umas bocas na RDP Africa, também nos mesmos moldes.
Sejamos cultores da verdade e da objectividade. Manuel nunca foi jornalista. Ele foi um propagandista de um partido que sabia escrever e escrevia para ajustar contas. Era um panfletario.
Lyz Kabêl
Tanta pesonha e ódio...para quê??? Será inveja deste comentador de serviço que não pôde triunfar em termos de estudos??? Manuel Delgado...os caes continuam a latir mas a tua obra ficou...que os outros façam melhor.Paz à tua alma.
ResponderEliminarnenajagrogue@yahoo.com.br
Triunfar em termos de estudos? Mas tu pensas oh Anonimo que Manuel triunfou nos estudos? O Manuel era um aluno brilhante mas muito complexado, razao pela qual ele nunca concluiu o curso de direito. Ele fez apenas o segundo ano!
ResponderEliminarMas de qualquer maneira estudos nao querem dizer grande coisa; apenas te respondia. O que interessa aqui é o jornalismo. Ora bem, Manel nunca disse que era jornalismo. Ele referia-se aos jornalistas dizendo "eles", nunca incluindo a sua pessoa. Até porque ele achava-se superior aos jornalistas duma maneira geral. Ele pensava que os jornalistas eram analfabetos e alias, ele nao os tinha em grande consideraçao.
Mas o facto é que ele nunca dizia que era jornalista. Et pour cause! Ele sabia que era alguem que escrevia bem e era utilizado pelo Partido. Ele era alias um revoltado, um frustrado porque sabia que havia muitos doutores que nao passvam de analfabetos enquanto ele era brilhante, pensava ele. Ele tinha o complexo de nunca ter concluido o curso, quando ele podia tê-lo feito com média superior a 17 valores que era a sua média desde o liceu.
Mas vejamos ainda sobre a condiçao de jornalista de Manel. Se Manuel era jornalista, entao porque é que que o actual presidente do tribunal de contas cujo nome agora me escapa e que foi tambem director da Emissora oficial nao é consdierado jornalista tambem? Porque é que o poeta CHico Tomar que era também director da Radio Voz de SVicente nao era e nao é considerado jornalista também?
Eles todos como o Maneul eram militantes do PAIGC, e sabiam escrever português, razao pela foram esoclhidos para serem derem directores. Rolando Martins, também, porque sabia português e proque tinha sido locxutor na radio barlavento. Mas porque é que Rolando e Manel sao consdierados jornalistas e nao outros?
Porque é que Senhor Telmo da Radio Barlavento que era director adminsitrativo nao era consdierado jornalista também?
Diz-me o Anonimo que tenho odio pelo coitado do Manel. Mas quem pode ter odio por um coitado de um metro e meio e que ainda por cima era epiléptico, e bêbado?
Deixemos de ninharias. Eu faço apenas uma critica de alguem que sabia que era um propagandista e escriba de discursos de politicos que nao sabiam escrever. De alguem que sabe que foi utilizado para escrever as revistas e os jornais do PARTIDO, mas sempre na pele de militante. Se tivesse havido organismos proprios de jornalismo que passassem por exemplo carteira de jornalismo nao sei até que ponto que Manel teria direito ao mesmo tendo em conta que ele trabalhava sempre com a marca do PARTIDO.
Acho que nesta ordem de ideias, ha muita gente que por escrever um artigo d eopiniao ou uma cronica num jornal qualqur pode reinvidicar tambem a sua condiçao de jornalista. Será que esses cronistas que escrevem no Liberal como Nuno, sao jornalistas também?!
Lyz Kabêl
Aqui na tapadinha é comum dizer-se que "meio tostão não tem troco"...e portanto nao estou minimamente interessado em alimentar esta polémica. Mas para terminar...e tchau queria dizer a esse Lyz Kabêl que por conhecer tão bem o malogrado Manuel Delgado, ele terá certamente bebido muito no saber deste JORNALISTA...ou será que toda esta fúria contra o Manel é porque o "escriba de serviço" terá sido funcionário de uma das rádios em Cabo Verde(funcionário porque jornalista desse tipo "credo....." na altura em que o Delgado era Director e houve algum desentendimento. Mas nao é por essa bitola,pessoal, que se qualificam pessoas,principalmente quando já morreram. e tchau.....
ResponderEliminarOh Anonimo guarda o seu meio tostão para comprar um pao de milho porque deve andar a meter o bedelho nos caixotes de lixo que pululam la pelas suas bandas!
ResponderEliminarNinguém quer polémica contigo, porque eu nao te enviei convite nenhum.
Criticar alguém nao quer dizer que se tem que conhecer imperiosamente a pessoa.
Utilizei o termo de escriba de serviço porque era um termo que Manel reivindicava par ele mesmo.
Sabes Manel para além de ser muito inteligente era muito bazofo com laivos de megalómano.
Tu estás enganado, pois aqui nao ha fúria nenhuma conta Manel, mas apenas critica. E se achas que o que digo nao corresponde à verdade limita-te a desmentir-me com provas.
Toda a gente que viveu na Praia e que conhece um pouco o meio do jornalismo e da vida politica sabe que Manel era muito inteligente com muitas leituras, mas era também um bêbado que bebia e esquecia-se de ir mesmo trabalhar. O jornal Voz di Povo, às vezes saia com atraso, porque Manel andava bêbado e nao ia para o fecho do jornal...
Manel era um protegido de Pedro Pires e repito um gajo que sabia escrever. Agora dizer que ele era jornalista com titulo mesmo de decano é gozar com aqueles que dedicaram toda a sua vida ao jornalismo de imprensa ou de radio.
Enfim, o que é que tem contra os funcionários? Nao, nao fui funcionario de Manel.
Lyz Kabêl
O mais importante é alertar o investigador para a eventualidade de duvidar daquilo que todos dizem; quando ha duvida ha outros ângulos de analise, outrras procuras e assim aproxima-se daquilo que é mais verosimil.Confrontar ideias e ângulos, cruzar informaçoes.
ResponderEliminarMcField
Aproveito este espaço para perguntar aos dirigentesd da Radio, se por acaso, neste dia da liberdade nao houve censura no discurso de Eurico Monteiro?
ResponderEliminarE' que ouvi o discurso de Corsino Tolentino na integra que durou quase uma hora, enquanto estava eu a ouvir o de Eurico Monteiro, que terminou para aí aos 15/20 minutos, tendo ficado com a impressao que foi cortado, surgindo quase que de rompante o locutor Odair a terminar o programa da noite.
Estou errado, ou o discurso de Eurico nao passou na integra?
E' que neste caso Corsino teria sido beneficiado e seria grave para a liberdade de expressao precisamente no dia da Liberdade.
Obrigado
Lyz Kabêl
Ó Lyz Kabel, mostra aí também que depois de nunca ter feito o quinto ano dos liceus, mas com um certificado passado pelo MpD, agora, após muitos anos na metrópole, já sabes falar português e quase tens um doutorado. Diz lá. É que todo o mundo está à tua espera para vires ocupar-te da assessoria (!!!!) de imprensa de Carlos Veiga. Assim como o teu ex-chefe, o Manel, no tempo da outra senhora.
ResponderEliminarCarlos Silva
Oh Carlos Silva, tu deves estar a brincar pelo que nao vou ter em conta as baboseiras que lançaste para este espaço. Se ha alguma coisa que nao ligo é ser chefe disto ou daquilo.
ResponderEliminarO que me interessa é o saber e has-de estar de acordo comigo que alguém que nao fez o quinto ano dos liceus nao pode ter a minha capacidade intelectual. Assessoria mesmo que seja de um Carlos VEIGA é pouco para mim!
Nem ministro nem director nem raios que te partam! Repito o que me interessa é conhecimento e quero ser bem pago la onde eu tiver que dar a minha contribuiçao. Nao serei nunca assessor de responsaveis politicos semi-analfabetos.
Enfim, Manel nunca foi meu chefe e nunca poderia ser pois nao tolero bêbado intolerante e megalómano. Manel nao conseguiu sequer tirar um curso, apesar dele ter capacidade intelectual que ele vendeu a um partido comunista.
Lyz Kabêl
Ahahahah, sabes que todo o mundo sabe quem és. A máscara caiu há muito. A malta da imprensa e da boca d´praça te conhece muito bem. Para quando o fim do doutoramento, meu caro???? Também os conselheiros populares estão com saudades tuas!!!
ResponderEliminarCarlos Silva
Afinal, nao fiz o antigo quinto ano ou estou a terminar o doutoramento?!
ResponderEliminarTu tens que saber o que dizes Carlinhos. Tu estás muito mal informado a meu respeito. Vê la tu que eu no que me diz respeito estou-me nas tintas para quem tu sejas.
Nao estamos aqui para saber quem está por tras das mascaras mas sim para debater sobre as grandes questoes que interessam o futuro desta terra.
Mostra-me la o que tens na tola e deixa-te de conversa fiada!
Estou-me nas tintas para aquilo que a tua malta da imprensa pensa ou deixa de pensar a meu respeito. Nao vou nessa cantiguinha de gente que nao tem nada para dizer.
Tao pouco tive a ver com conselheiros populares, uma retorica que tem mais a ver com o comunismo e o fascimo do que a minha filosofia liberal. Esse discurso de conselheiro popular nao faz parte do liberalismo.
Enfim, MPD nunca me deu nada porque nem nesse partido nem no outro encontro gente que me possa dar alguma coisa seja em que matéria for.
Tens que ser mais criativo porque assim nao vais longe.
Lyz Kabêl
Oh Sr Director, estou a ouvir o seu debate com dois thugs ali nos estudios. Diga-me uma coisa sr director, esses dois meninos malcriados (e o termo é deles) Miguel e Nuias sao mesmo dirigentes politicos, mesmo que seja da juventude?!
ResponderEliminarComo é que o senhor director convida dos mal-educados (uma vez mais o termo é deles) desses para debaterem a violência se eles sao extremamente violentos?
By the way, diga também ao Nuias, que o Miguel faz politica porque um politico faz politica.
Alias, que raio de compreensao é que os politicos têm do conceito de Politica? E' que ontem ouvia também dois pesos pesados da politica, Julio Correia alto dirigente do PAICV e José Filomeno outro do MPD com o primeiro às tantas a censurar o segundo de "estar a fazer politica", ao que José Filomeno respondeu: "nao estou a fazer politica".
Digam-me la se isto nao é uma piada! Politicos a dizerem que nao fazem politica. Mas entao o que é que andam a fazer na Politica? Porque é que sao politicos?!
Estou a ver que Politica passou a ter o significado de politiquice, de confusao, de coisa de thugs, razao pela qual esses dois thugs de colarinho branco Miguel e Nuias vao para a peixeirada na Radio publica de Verde...
Lyz Kabêl
Estás desorientado meu Lyz.... Andas a ouvir muita rádio e isso faz mal a ouvidos treinados apenas para obedecerem à voz do dono. Faz tempo que não publicas nada, será que agora te deram mais um pouquinho de trabalho?????
ResponderEliminarTenho ouvidos de músico, pá! Ainda sei destrinçar um dó maior de um dó dominante. Sabes alguma coisa de escalas, bemol, sustenido e harmónicas ou estou a falar para uma parede?!
ResponderEliminarPublico todos os dias e em varias latitudes! Tu é que nao sabes ler nas entrelinhas!
Lyz Kabêl
Oh senhor Director, vi-o na televisoa no primeiro plano. Com entao "classe de intelectuais" repetido também pelo moderador Daniel.
ResponderEliminarMas é com este discurso marxista de "classes" que querem pôr o homem no centro de tudo?
Eu pessoalmente nao acredito, pois reparei no vosso debate que continuam a misturar tudo e a nao saber separar as aguas. Um jornalista é para entrevistar e nao para dar entrevistas para falar de politica de educaçao e de comunicaçao, matérias da esfera do politico.
Ou entao mude de casaco! Faça politica!
Enfim reparei que havia uma contradiçoes naquilo que disse. Ora o mercado aberto das televisoes trouxe a violência reclamando regulaçao e controlo nos jornais on-line, quer dizer censura, ora ha que dar resposnabilidade à sociedade civil, deixar entrar uma brisa de ar...
Em que ficamos: controlo ou sociedade aberta?!
Last but not the least, essa coisa do jornalista querer formar em vez de informar e deixar as pessoas tirar as ilacçoes é do foro de militancia. Sao os regimes de massa que têm propaganda para formar ideologicamente os cidadaos. A radio relata, opina, mas a formaçao e educaçao é coisa de escolha livre e aberta.
Lyz Kabêl
Houve um lapso de teclado a terminar muito revelador quando escrevi escolha livre em vez de escola livre e aberta. Mas escolha da escola livre e aberta até que serve também.
ResponderEliminarLyz Kabêl
Kakói, além de teres tempo e, com certeza, usar tempo e dinheiro do serviço onde trabalhas?? para encher páginas de blogs,,agora queres amordaçar os jornalistas - lembra do tempo que eras chefe????. Então queres dizer que um jornalista não tem opinião? É de berrar aos céus. Dou-te alguns exemplos de Portugal, que é só de lá que ves a imprensa: Fernando Madrinha, Mário Crespo,Daniel Oliveira e Miguel Sousa Tavares. Têm opinião e não são jornalistas?? Não te dou exemplos ingleses ou franceses, porque, mente curta....
ResponderEliminarCarlos Silva
Eu queria dar os parabéns ao senhor Director pelo excelente programa que coordenou sobre a Cidade Velha! Acho que nao é a primeira vez que lhe dou parabéns, quando o trabalho é bem feito.
ResponderEliminarMas quando acho que as coisas fogem aos cânones nao me coíbo de dizer o que penso. Eu tenho um pensamento plasmado em grandes obras de grandes pensadores, que alinhei na minha critica sobre a liberdade de expressao.
Responsabilizo-me porque aquilo que penso e escrevo.
Lyz Kabêl
Oh Senhor Director,
ResponderEliminarEu queria inforamr-lhe de que o senhor primeiro minsitro deve-lhe muito dinheiro. Sabe porquê? Porque ele criou um blogue e tem como mote do mesmo um slogan que ja ouvi na sua radio.
Uma coisa que tem a ver com você é o que mais "importa".Sim, sim ja ouvi o slogan aqui nesta radio.
Lyz Kabêl
Oh Senhor director ha muito que nao o chateio, mas estou a ouvi-lo neste momento na radio e tenho de reagir porque ouvi a embaixadora da França a falar francês na radio publica de CVerde sem nenhuma traduçao.
ResponderEliminarO senhor director compreendeu tudo? Duvido, que tenha percebido tudo; mas mesmo que tenha sido o caso, nao é o caso dos ouvintes da radio de CVerde que ja teem dificuldades em eprceber portugues quanto mais agora francês.
O Senhor director acha que o embaixador de CVerde em França vai falar em português à Radio ancional de França? E' impossivel senhor director. Ninguém seja quem for fala em portugues, ingles ou outra lingua estrangeira num orgao de comunciaçao farncês sem traduçao. A dobragem é uma técnica radiofonica, logo o senhor pode pôr a embaixadora a falar em francês mas tem de ter traduçao.
Alias a embaixadora perceber muito bem as suas perguntas em portugues portanto poedria ter feito um esforço para falar portugues ou crioulo ja que està colcoada num pais bilingue de portugues e crioulo.
E' um escandalo senhor director. Você tinha entrevistado aqui ha tempos a embaixadora da America que nao falou em inglês mas sim em portugues, mesmo que mal, mas o ouvinte perceberà melhor do que se o entrevitsadio falar na sua lingua.
O senhor director tem de saber que por tras da francofonia ha uma ideologia de imposiçao precisamente da lingua francesa e nao é por acaso que a embaixzdora falou em frances.
A França pensa que CVerde estando numa zona francofona devia faalar francês. E' uma estartégia politica, senhor director. A França recomenda alias aos falantes lusofonos a falar francês ou linguas locais nacionais e nao português que dizem ser lingua de Portugal.
Você nao sabia dessa senhor director? Entao informe-se melhor e nao pense que você pode ir à França e falar em crioulo ou em português para as radios francesas,s em traduçao. Para a sua informaçao o embaixador de CVerde nao é sequer entrevistado em França nem em francês quanto mais agora ir falar em portugues.
Os ouvintes da Radio nacional de CvERDE nao percebem francês.
Lyz Kabêl